Carlos Sandroni, um poeta da cidade da MPB

  • 02/11/2025
(Foto: Reprodução)
Carlos Sandroni (25 de novembro de 1958 – 28 de outubro de 2025) Divulgação ♫ OBITUÁRIO ♬ Carlos Sandroni (25 de novembro de 1958 – 28 de outubro de 2025) foi musicista, professor, escritor, musicólogo e compositor. Formado em sociologia, mestre em ciência política e doutor em musicologia, Sandroni angariou diversos títulos ao longo dos quase 67 anos de vida, muitos dedicados à vida acadêmica. Era especialista em etnomusicologia. Contudo, para os habitantes do universo paralelo da MPB, o carioca Carlos Sandroni foi sobretudo um poeta. Um poeta da canção popular. Um poeta da cidade natal do Rio de Janeiro (RJ). Foi a partida do poeta compositor na última terça-feira, 28, em decorrência de um câncer, que doeu mais fundo no coração dos amantes da tal MPB, um estilo de música brasileira que cada vez parece ficar mais confinado em algum lugar do passado do Brasil. Carlos Sandroni foi o compositor de Pão doce, a canção que a irmã Clara Sandroni lançou há 40 anos em um disco coletivo, Circo Voador Brasil (1985), e que Adriana Calcanhotto degustou cinco anos depois no errante primeiro álbum da artista, Enguiço (1990). Carlos Sandroni foi também o tradutor sensível e fiel dos versos da canção Biromes y servilletas, composta pelo uruguaio Leo Masliah e apresentada ao Brasil em 1989 na voz da mesma Clara Sandroni com o título em português Guardanapos de papel. Oito anos depois, a versão seria rebobinada por Milton Nascimento em gravação feita para o álbum Nascimento (1997) que contribuiu para fazer circular o nome de Carlos Sandroni, versionista que pareceu ter se apropriado com alma dos versos de Leo Masliah ao transportá-los para o universo da língua portuguesa, ainda que tivesse feito em essência uma tradução quase literal. Mas uma tradução que conservou toda a poesia da letra original. Naquele menos ano de 1997, Carlos Sandroni ampliou a parceria com Mario Adnet com a canção Quase, gravada por Adnet em feat com Claudio Nucci. O poeta também deixou parcerias com Kleiton Ramil (Sambo, de 1991) e Lu Medeiros (Secretária eletrônica, 1987). Adriana Calcanhotto, Olivia Byington e sobretudo Clara Sandroni – que lançou o irmão como compositor com a gravação de Filabóia em 1984 – foram cantoras que deram vozes a versos desse poeta da cidade da MPB.

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2025/11/02/carlos-sandroni-um-poeta-da-cidade-da-mpb.ghtml


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