Ludmilla traz Victoria Monét para R&B sexy no The Town, mas público prefere funk e pagode
14/09/2025
(Foto: Reprodução) Ludmilla canta ‘Maldivas’ e Brunna Gonçalves canta junto no meio do público
Neste The Town, Ludmilla veio falar de amor e tesão. Última atração do palco The One, ela caprichou no show deste domingo (14), deixando claro que é uma das popstars mais românticas do Brasil.
Também veio relembrar que sabe muito bem preparar show para festival. No ano passado, no Rock in Rio, Ludmilla não entregou tudo que queria. Ela estava visivelmente desconcertada após quase cancelar o show por problemas com a organização.
Aliás, toda vez que canta em festival, ela enfrenta uma expectativa que ela mesma criou. Afinal, fez uma apresentação icônica no Rock in Rio 2022 – o show custou R$ 2 milhões para a cantora, e é lembrado como um dos melhores de sua carreira.
Então, nesta noite, ela não pretendia fazer um show qualquer. Não se sabe quanto ela investiu no show de hoje, mas dada a estrutura, não foi pouco. Para o show, uma plataforma com um grande telão ficou em cima do palco, expelindo fogo, emitindo luzes e abrindo no meio.
Foi dessa abertura que ela saiu, cantando “Sou Má” para um público curioso. Acompanhada de dançarinas seminuas, ela revisitou seu repertório mais sensual e romântico, de “Não Quero Mais” a “Sintomas de Prazer”.
Ludmilla durante show no The Town 2025
Fábio Tito/g1
A ideia era que o público fosse uma espécie de voyeur – testemunhando o show da “Bad Lud RJ”, alcunha exibicionista da cantora no telão e no clipe de “Cam Girl”. Mas apesar de aplaudir, a galera não interagiu muito exceto pelos hits, o que deixou o show mais frio.
Esse era um show temático. A carioca se prepara para lançar “Próximo Nível”, álbum inteiro dedicado ao R&B, com uma ou mais participações internacionais. Segundo ela disse no show, vem aí ainda em 2025.
Ao g1, ela falou que a ideia do disco era cantar sobre a “vivência de mulheres pretas” e que ela queria algo especificamente para “performar nos shows”. Ou seja, hoje era a hora de colocar a ideia à prova.
Com o projeto em mente, ela revisitou o próprio repertório para incluir músicas lentas, que têm melodia e jeitão R&B. Não abriu mão do disco “Vilã” (um de seus menos conhecidos), e deu um novo ar a “5 Contra 1” ao sensualizar com dançarinas em uma cama.
Mas o estilo ainda não emplacou totalmente para a cantora, que tem uma carreira já firmada no funk, pagode e pop dançante. Foi notória a diferença quando ela foi para os hits mais acelerados, como “Verdinha” e “Socadona”.
A outra coisa que engajou foi o amor. Com um vídeo que mostrava sua esposa, Brunna, e a filhota Zuri, voltou ao disco novo com “Paraíso”. E aproveitou a proximidade com o pagode (o R&B brasileiro, digamos) para retomar sucessos do “Numanice” também. “Saudade da Gente”, “Maliciosa”, por aí vai.
Para “Cam Girl”, parceria com Victoria Monét, a americana surgiu no palco. Aliás, Ludmilla conseguiu um feito raro hoje em dia: uma surpresa completa. Ninguém sequer sabia que a americana estava no Brasil.
A convidada também cantou seu próprio hit “On My Mama”. Mas pra falar a verdade, nem a participação dela fez a galera vibrar como deveria.
Ludmilla convoca Victoria Monét e leva single 'Cam girl' para o The Town
Reprodução
Não que Ludmilla precisasse de qualquer gringo em seu show – popstar brasileira por excelência, ela retomou com “Fala Mal De Mim” e “Favela Chegou”, e a galera foi abaixo com um bom estilo nacional.
Pelo visto, o povo já se apaixonou pela Lud do funk e do pagode. A do R&B ainda está na fase do flerte.
Cartela resenha crítica g1
Arte/g1