Nem US$ 5 bilhões bastam: James Cameron diz que 'Avatar' ainda precisa se provar em 'Fogo e cinzas'

  • 18/12/2025
(Foto: Reprodução)
Apesar dos bilhões de dólares, James Cameron não garante o futuro de "Avatar" Para James Cameron, diretor de três das cinco maiores bilheterias da história do cinema, "Avatar: Fogo e cinzas" ainda precisa se provar para dar segurança à franquia protagonizada por alienígenas felinos azulados – por mais que os dois primeiros filmes façam parte dessa estatística. g1 já viu: 'Avatar: Fogo e cinzas' é montanha-russa estonteante na qual história é mero adendo Mas se nem os mais de US$ 5 bilhões arrecadados por "Avatar" (2009) e "Avatar: O caminho da água" (2022) garantem o futuro da série, existe algum valor que o capítulo lançado nesta quinta-feira (18) no Brasil precisa arrecadar para lhe trazer um pouco de paz de espírito? "Sim", responde ele, sem titubear, em entrevista ao g1 em um hotel em Los Angeles. Logo em seguida, começa a rir, como quem sabe a inevitável próxima pergunta: Qual é o número mágico? "Não, não, não. A gente não fala sobre isso. Isso é algo que cabe a mim saber. Mas, se anunciarmos 'Avatar 4', você vai ficar sabendo." Cameron se refere, é claro, à primeira das duas continuações de "Fogo e cinzas", já prometidas desde 2016. Para quem perdeu a conta, isso levaria a franquia a cinco filmes no total. Na campanha de divulgação do terceiro, no entanto, o cineasta de 71 anos tem dado sinais de que pode não completar o plano. "Olha, 4 e 5. Eu sei o que faria se fizermos esses filmes. E as histórias são muito boas. Eu realmente gosto quando eu as releio. É algo como: sim, eu adoraria fazer esse filme, mas isso precisa funcionar como um modelo de negócio. Há muitos empregos em jogo. Há muito dinheiro em jogo, certo?" Certo. Com um orçamento estimado em cerca de US$ 400 milhões – mesmo que sua filmagem tenha acontecido junto de "O caminho da água", o que costuma baratear o processo – e outros US$ 150 milhões destinados a marketing, o filme precisa arrecadar quase o triplo para ser considerado rentável. "Até agora, batendo na madeira, tivemos sorte, mas dois filmes não traçam muita curva, certo? Precisamos de um terceiro – precisamos de um terceiro ponto de dados para ver o quão viável essa franquia é. E até algumas das franquias de elite, como Star Wars e Marvel, tiveram seus altos e baixos, certo? E nós nem estamos nesse patamar ainda." Zoe Saldaña em cena de 'Avatar: Fogo e cinzas' Divulgação Quando dois eram um Uma continuação mais direta do segundo, "Fogo e cinzas" mantém o olhar sobre os oceanos da lua de Pandora, com foco no antigo soldado reencarnado como um dos alienígenas que ele deveria espionar (Sam Worthington). Para proteger os mares de seu novo lar da ambição inesgotável dos colonizadores humanos, ele busca novos e antigos aliados – ao mesmo tempo em que precisa lidar com a delicada nova dinâmica familiar após a perda de seu filho mais velho (Jamie Flatters). Com tramas tão ligadas, Cameron conta que os dois filmes nasceram originalmente como um só. "Percebemos que havia história demais, porque estávamos tentando encaixar muita coisa no primeiro ato do filme 2, que acabou se tornando 'O caminho da água' — incluindo a transformação do Spider (Jack Champion), sobre a qual não queremos falar muito —, então eu dividi a história ao meio e movi isso para fora, e isso se tornou o elemento central de 'Fogo e cinzas'", afirma ele. Para o diretor de "Titanic" (1997), terceira maior bilheteria de sua carreira, e dos dois primeiros "O exterminador do futuro", os fãs têm se concentrado demais no Povo das Cinzas, a tribo de Na'Vi hostis introduzidos no filme. "É na continuação dos arcos dos personagens do 2 para o 3 onde eu acho que está a força: o que acontece com o Spider, o que acontece com a Kiri (Sigourney Weaver), o que acontece com o Jake e a Neytiri (Zoë Saldaña) e o casamento deles, a história de amor deles, que agora está sendo despedaçada pela perda do filho mais velho, e pelo ódio e pela fúria dela, que se tornam bastante racistas no filme." Oona Chaplin em cena de 'Avatar: Fogo e cinzas' Divulgação Livre para poder criar o seu lugar ao sol Além do suposto sucesso garantido da franquia, Cameron também rechaça a ideia de que tem carta branca para fazer tudo o que quiser nas filmagens – por mais que o documentário sobre os bastidores do 2 mostre a invenção de diversas tecnologias pelo cineasta. "Não existe liberdade criativa ilimitada, certo?" Para ele, a liberdade vem da captura de performance dos atores, técnica na qual filma os atores com pontinhos pelo corpo e câmeras focadas em seus rostos, que permite a transferência das atuações para os alienígenas altos, azuis, e de traços felinos. Para os dois filmes, o processo todo levou 18 meses – bastante, em especial em contraste com a filmagem de um número normal. "Titanic", por exemplo, levou "só" pouco mais de seis meses. A demora compensa, segundo ele, porque libera atores para seguirem para outros projetos assim que suas interpretações são levadas para mundo virtual, onde o diretor tem controle quase absoluto. "Agora eu posso estar aqui ou posso estar filmando de um helicóptero, ou qualquer coisa entre uma coisa e outra. Então, nesse sentido, é ilimitado em termos das possibilidades de onde eu coloco a câmera e de como eu ilumino. Eu posso pegar uma cena de dia e transformá-la em uma cena noturna. Posso adicionar chuva. Posso fazer todo tipo de coisa." Sam Worthington em cena de 'Avatar: Fogo e cinzas' Divulgação

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2025/12/18/nem-us-5-bilhoes-bastam-james-cameron-diz-que-avatar-ainda-precisa-se-provar-em-fogo-e-cinzas.ghtml


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